“A pesquisa que constrói o futuro”. É com esse mote que a diretoria apresenta o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), criado em 1974.
No entanto, o que vemos sob a atual gestão do Cepel é a “precarização do futuro e a tentativa de destruição do passado.”
Destruição do passado do próprio Centro, cuja relevância no campo das pesquisas de energia elétrica tanto produziu, inovou e fomentou para o futuro energético nacional e vem sendo desmontado e sucateado. E total desprezo aos antecedentes e a memória técnica do Centro de Pesquisa.
A nova investida da diretoria foi contra um dos quadros mais respeitados nacionalmente na área de pesquisa: Agamenon Oliveira.
Agamenon Oliveira é Doutor em Engenharia Mecânica e em História da Ciência e da Tecnologia. Professor da Escola Politécnica da UFRJ desde 1976, pesquisador do Cepel desde 1982, ou seja, quase 50 anos dedicados à pesquisa e ao desenvolvimento de conhecimento na área de energia. Tem 115 trabalhos científicos publicados no Brasil e no exterior, 2 livros publicados na área de energia, 2 livros editados e um livro traduzido. É membro de várias entidades internacionais, como o IFToMM, a maior Federação de Engenharia Mecânica do mundo e faz parte do corpo editorial de várias revistas científicas.
Mas esse currículo com respeitáveis títulos e reconhecida capacidade técnica não vale nada para a atual gestão do Cepel “focada em desenvolvimento estratégico”. A gestão está focada em outro título de Agamenon: Diretor Executivo do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge/RJ). O foco é silenciar e desenvolver perseguição àqueles que lutam pelos direitos dos trabalhadores(as) que vêm sendo vitimados pelos desmandos da tal gestão.
Doutor Agamenon foi suspenso de suas atividades laborais sob alegação de “falta grave por mau procedimento” que, segundo a direção, será investigada em processo de apuração, durante o qual Agamenon estará afastado do Cepel. Primeiro foi Heloisa Furtado, presidente da ASEC, depois Eduardo Allan, diretor da ASEC e agora Agamenon, também ex-presidente da ASEC.
Todos que o conhecem sabem que as alegações da empresa não condizem com a personalidade de Agamenon e, claramente, trata-se de uma conduta antissindical da diretoria do Cepel, como evidenciam os fatos referidos, e que nega direitos, engana e persegue trabalhadores(as), artifício que vem sendo adotado por todas as diretorias das empresas da Eletrobras pós-privatização, visando fragilizar a luta por direitos trabalhistas e justiça aos trabalhadores(as).
Não toleramos atos antissindicais e perseguições. Todo apoio à Agamenon Oliveira e nosso total repúdio à sua suspensão!
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