Os trabalhadores da Casa da Moeda se reuniram nesta segunda-feira, dia 13, e uma das pautas tratadas foi a manutenção das regras das cláusulas sociais garantidas no acordo coletivo de 2019, como as do plano de saúde e do auxílio-transporte, enquanto o acordo de 2020 não sai. Foi o que explicou o presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, Aluizio Junior. Na sexta-feira, a categoria fez um protesto contra a fala do diretor da instituição, Fábio Rito Barbosa concedida ao Jornal GloboNews, sobre demissões e privatização.

— Ele criou uma narrativa que não é verdadeira, porque ele fala que a Casa da Moeda gastou 46% do seu faturamento bruto com o pessoal, pode ser um pouco verdade, mas o governo federal tirou desde 2017 R$1,5 bilhão, 60% do faturamento da instituição quando tirou o Siconv (serviço de selo fiscal digital e rastreável). O trabalhador não é responsável pela situação que a empresa está, foi uma decisão de governo de desmonte que começou a partir de 2016.

Sobre a manifestação da sexta-feira, o presidente explicou que não foi um movimento planejado e que foi fruto da insatisfação da categoria com a atual gestão:

— Não fizemos greve. O que aconteceu foi um estopim, uma reação não planejada. Estamos com o acordo coletivo para ser julgado no TST (Tribunal Superior do Trabalho) em março e o acordo de 2020 está em fase de negociação. Nossa data-base é janeiro e estamos negociando.

Aluizio contou que a direção da Casa da Moeda comunicou, no fim de dezembro, para os trabalhadores sobre o fim do cumprimento das cláusulas sociais, sendo que há cerca de 500 funcionários antigos da instituição que têm direito ao pagamento, por parte da Casa da Moeda, de forma integral de seus planos de saúde, porque já trabalhavam na estatal antes da publicação da resolução que trata do tema. Em relação ao auxílio-transporte, a direção quer aumentar o desconto cobrado do funcionário de 1% para 6%.

— A direção parece que não entende ou não conhece a regulamentação (do plano de sáude) e acha que não deve respeitar isso, que já é um direito adquirido dessas pessoas — criticou.

Questionada, a Casa da Moeda não respondeu até o fechamento desta edição.

https://m.extra.globo.com/emprego/servidor-publico/crise-na-casa-da-moeda-categoria-quer-garantias-do-acordo-coletivo-de-2019-rv1-1-24188079.html?versao=amp

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