Por ANA CAROLINA TORRES E MARCOS NUNES

Na foto,dinheiro venezuelano e a caixa-forte do Banco central do Iraque FOTO: PEDRO TEIXEIRA

Uma quadrilha internacional especializada em falsificação de dólares, de acordo com informações de agentes da Receita Federal, está por trás da apreensão de mais de 11 mil cédulas de bolívares venezuelanos, no valor de cem bolívares cada uma, encontradas nesta quinta-feira, em uma transportadora no Bairro do Caju, na Zona Portuária do Rio.

Dinheiro venezuelano encontrado na caixa-forte FOTO: PEDRO TEIXEIRA
Na foto, dinheiro e a caixa-forte FOTO: PEDRO TEIXEIRA
Caixa-forte estava dentro de uma caixa de madeira FOTO: PEDRO TEIXEIRA

Durante a operação, deflagrada por agentes da 22ªDP (Penha) e da Receita Federal, duas pessoas foram levadas para delegacia e autuadas em flagrante por crime de lavagem de dinheiro. Ainda não se sabe como e quando o dinheiro venezuelano chegou ao Brasil.

De acordo com um levantamento feito pela Receita Federal, os bolívares estariam no Rio de Janeiro há pelo menos uma semana. Dez agentes, entre policiais e fiscais participaram da ação. A caixa-forte forte, feita de aço e que pesa cerca de 60 quilos, tinha quatro lacres e um cadeado. Ela estava guardada dentro de outra caixa de madeira. Foi a primeira vez que uma caixa-forte deste tipo é apreendida no Brasil, de acordo com um dos fiscais da Receita Federal.

Mais cedo, o delegado Fabrício Oliveira, da 22ªDP, já havia adiantado que a polícia trabalhava com a hipótese de que a moeda venezuelana seria possivelmente utilizada na falsificação de dólares.

— O valor é o papel-moeda (usados nos bolívares) no mercado negro. É usado para a falsificação de dólares — disse o delegado.

Os presos não tiveram os nomes divulgados. Um deles teria sido detido quando tentava retirar a caixa-forte na transportadora. Os dois são brasileiros. No entanto, há indícios da participação de moradores de outros países no bando que falsifica moeda estrangeira.

Segundo a Polícia Civil, o auto de prisão em flagrante será remetido à Justiça federal. Uma cópia dos autos também será enviada para a Polícia Federal, que deverá prosseguir nas investigações do caso.

A reportagem entrou em contato com a embaixada do Iraque no Brasil. Um e-mail com perguntas e com uma foto da caixa-forte foi enviado para a embaixada iraquiana, mas até o início da noite nenhuma resposta foi recebida.

Segundo o índice da Bloomberg, um real vale 1.643 bolívares venezuelanos. Em Caracas, capital da Venezuela, um café custa, hoje, 6.500 bolívares.

Agentes da Receita Federal disseram que a apreensão de moeda venezuelana tem se acentuado no Brasil. Em 2017, cerca de 40 milhões de bolívares venezuelanos foram apreendidos , na Favela do Caju, no Rio. A apreensão desta quinta-feira é considerada, no entanto, diferente das demais.

Fonte:

https://www.google.com/amp/s/extra.globo.com/casos-de-policia/quadrilha-internacional-usaria-dinheiro-venezuelano-em-falsificacao-de-dolares-23769378.html%3fversao=amp

Att

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