Os mais experientes olham hoje a vida em perspectiva e podem avaliar o peso que acabou tendo cada decisão que tomaram no passado.
Valeu a pena lutar? Valeu a pena manter-se de forma íntegra ao lado dos irmãos(ãs) Trabalhadores?
As gerações que nos antecederam viveram tempos duros, nos quais os movimentos sociais eram criminalizados, os sindicatos proibidos e as prisões políticas frequentes. Mesmo assim eles nos entregaram um país muito melhor do que encontraram, com mais democracia, direitos, ainda que muito longe do ideal.Tudo isso, sem exceção, é resultado de muitas lutas como é o caso da CLT, conquistada na era Vargas em 1943.
Possivelmente, nossos companheiros (as) de cabelos brancos nos dirão que uma certeza eles têm na vida: valeu a pena lutar, seja para alcançar novas conquistas ou para barrar retrocessos que nos eram impostos.
Os movimentos podem ser vitoriosos sem unidades ideológicas, sem unidade partidária, até mesmo sem unidade orgânica, mas não existe a possibilidade de sermos vencedores sem a unidade de ação, ou seja, sem somar esforços a favor dos objetivos comuns da classe trabalhadora, pela ampliação direitos sociais, renda salarial e participação nas decisões de interesse da maioria da classe trabalhadora.
Nossos inimigos têm pressa, pois sabem que a cada dia nosso povo toma consciência e em breve saberá dar uma resposta que esses golpistas não esquecerão tão cedo. Prova disso foi a vitoriosa greve geral do dia 30 de junho, a segunda apenas neste ano, tendo sido a primeira no dia 28 de abril. Esses movimentos sinalizam a possibilidade de um novo momento na história de lutas de nosso povo.
Neste momento é importante também revertermos o veto do presidente Temer ao artigo da lei do documento de Identificação Civil Nacional (ICN), que estabelecia que este deveria ser impresso pela Casa da Moeda. Esse veto mostrou, uma vez mais, a descarada falta de senso público de Temer, pois veio acompanhado de um ouro veto ao artigo que punia quem vendesse ilegalmente os dados dos cidadãos. Apenas os moedeiros podem garantir a todo o povo que seus dados serão tratados com segurança e com respeito, pois tanto eles, assim como a Casa da Moeda, são patrimônios inalienáveis do povo brasileiro.
Avante família moedeira, nossa luta está apenas começando!
Tempos difíceis
Nós, moedeiros, não estamos alheios à situação geral do país, somos parte da classe trabalhadora e rejeitamos as reformas da Previdência, Trabalhista e Terceirização com as quais querem nos matar de tanto trabalhar, sem nunca nos aposentarmos.
No nosso caso específico, os problemas internos da CMB se acumulam e sofremos duramente, seja por conta da indefinição em torno do nosso ACT, que está parado no TST, seja pelo não pagamento da nossa PLR, o que também acabará sendo judicializado, Promoção e Progressão ou por diversos outros fatores que sentimos na pele.
Aluízio Junior
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