Nos últimos anos, o Brasil vem sofrendo um grande ataque por mineradores, extrativistas e grandes empresas, que, com ações premeditadas, visam obter lucro ao custo de nossas reservas naturais. A Amazônia, maior floresta do mundo, é o principal palco desta batalha. Ano após ano, o número de garimpos e queimadas ilegais crescem exponencialmente.
As áreas desmatadas no Brasil aumentaram assustadoramente no Governo Bolsonaro. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) alertam para a tragédia que ocorre na Amazônia. No período de agosto de 2019 a abril de 2020, foram totalizados 5.666 km² de desmatamento, o equivalente a 787 campos de futebol, um aumento de 94% comparado ao ano anterior. Ambientalistas alegam que a MP 910/19 (“MP da grilagem”), transformada no Projeto de Lei 2633/2020, foi a grande responsável por esse crescimento vertiginoso.
A ONG WWF fez um alerta informando que, no mês de abril, ocorreram registros de desmatamento até em áreas protegidas por lei. Os parques nacionais Mapingui, Campos Amazônicos, Juruena e Acari, situados no entorno da BR-163, que atravessa o Pará e o noroeste de Rondônia, são exemplos desses registros.
Ao que parece, o Meio Ambiente não é uma das prioridades governamentais. O Presidente Bolsonaro e o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, alteraram no final de maio, a composição do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), reduzindo a quantidade de 96 para 22 integrantes, sendo metade alinhada as políticas negacionistas do Governo.
Institutos extremamente relevantes e importantes para a preservação do Meio Ambiente deixaram de integrar o Conama, como é o caso do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IcmBio) em fevereiro recebeu uma “intervenção militar” com a nomeação de quatro militares para as cinco gerências regionais, além da demissão de dezenas de chefes de unidades de conservação.
Nesta quinta-feira (4), A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás vistoriou e embargou uma ação de desmatamento que ocorria dentro de uma comunidade Kalunga com área de aproximadamente 1 mil hectares. De acordo com a Secretaria, metade da vegetação foi extinta no mês de abril. Foi observado que o objetivo do desmatamento era a criação de uma área de exploração agrícola mecanizada. A área fica no complexo do Prata, famosa pelas cachoeiras do Rio do Prata, na Chapada dos Veadeiros.
Em 2019 e 2020, queimadas e desmatamentos tornaram-se notícias rotineiras na mídia, com uma política governamental voltada para favorecer os ruralistas. Torna-se ainda mais importante o papel da sociedade na fiscalização e cobrança de atitudes que defendam o meio ambiente. Ademais, enquanto sociedade, podemos fazer a nossa parte individualmente com medidas simples, tais como:
– Economizar água
– Não jogar lixo na rua e procurar descartar os resíduos corretamente
– Diminuir o uso do carro e preferir transportes públicos
– Evitar o uso de plástico
– Reutilizar e reciclar
– Consumir de forma consciente
– Diminuir o consumo elétrico
– Promover e aplicar conceitos de sustentabilidade
– Procurar ter sempre um copo ou caneca reutilizável no trabalho
“Os seringueiros, os índios, os ribeirinhos há mais de 100 anos ocupam a floresta. Nunca a ameaçaram. Quem a ameaça são os projetos agropecuários, os grandes madeireiros e as hidrelétricas com suas inundações criminosas.” (Chico Mendes)
Diretoria de Comunicação SNM
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