O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, Luís Carneiro, afirmou que empregadores devem se manter atentos para não praticarem o assédio moral como ferramenta de gestão em suas empresas. Para ele, a prática de causar pânico tem sido usada para acuar empregados nas negociações e em momentos de mudanças administrativas.
Luís Carneiro será reempossado para mais dois anos no cargo de procurador-chefe do MPT na Bahia nesta quinta-feira, às 17h, na sede do órgão, no Corredor da Vitória.
“O assédio moral no trabalho é um fato grave, com reflexos sobre a saúde física e mental. Seus contornos são o limite das prerrogativas do gestor, afinal nenhum empregador tem o direito de se valer do assédio como ferramenta de gestão”, avaliou.
Citando o caso da Petrobrás como alerta para outras empresas, as afirmações do procurador-chefe integram o artigo publicado nesta quarta-feira, 23, no Jornal A TARDE. Ele aproveita para citar o atual momento de conflito vivido pela Petrobrás na Bahia, por conta do assédio vivido pelos funcionários e terceirizados da estatal.
“Ficou evidente o assédio moral organizacional. Estava patente o terror psicológico, sobretudo pela absoluta falta de transparência e informação, forçando o pedido de transferência por parte dos trabalhadores ou sua ‘adesão à demissão voluntária’”, comentou.
O assédio moral no ambiente corporativo vem gerando prejuízos para a saúde física e emocional dos trabalhadores. Além disso, a questão respinga na economia brasileira, já que o Estado custeia os tratamentos de doenças provocadas por assédio e discriminação no ambiente de trabalho. Apesar de ainda ser um problema presente na sociedade, os casos de assédio no trabalho vem chegando com menos frequência à Justiça Trabalhista.
“Em janeiro de 2019, o número de ações relativas a assédio moral movidas caiu para 5,4% (3.358), quando já esteve acima de 10% do total do movimento na Justiça do Trabalho”, esclareceu. “Não é tolhendo o acesso à Justiça que combateremos o assédio. Não importa se praticado por uma microempresa ou uma gigante petrolífera, o assédio moral terá no MPT um inimigo permanente, sobretudo quando se apresentar no seu viés organizacional”, concluiu.
Nota Diretoria do SNM
Em artigo publicado na edição desta quarta-feira, 23/10, na página 2 do jornal A Tarde, o procurador-chefe do MPT na Bahia, Luís Carneiro, alerta para a necessidade de combater o assédio moral organizacional em todas as organizações, independentemente do seu porte econômico.
O terror psicológico utilizado na Petrobras, e em outras empresas estatais e privadas, serve de alerta aos trabalhadores e trabalhadoras da Casa da Moeda do Brasil em relação a atual gestão, pois tem-se verificado o aumento de estresse, ansiedade, depressão e outros distúrbios no seio da Categoria Moedeira.
O Pânico não é ferramenta de gestão!
Att
Diretoria de Comunicação do SNM
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