Roberto Campos Neto (à esq.), ex-diretor de tesouraria do Santander, e Mansueto de Almeida, secretário do Tesouro – Divulgação/Folhapress

Roberto Campos Neto, diretor do Santander, é escolhido para ser o próximo presidente do Banco Central

O economista passará por sabatina na CAE do Senado e terá de ter seu nome aprovado para poder assumir o comando do BC

 15 nov, 2018 04h20

SÃO PAULO – O diretor do Santander, Roberto Campos Neto, foi indicado para presidir o Banco Central na gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro, conforme informações da equipe de transição.

O economista passará por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e terá de ter seu nome aprovado para assumir o comando do Banco Central. O escolhido pela equipe de Bolsonaro também precisará ser aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Roberto Campos Neto esteve no escritório de transição montado no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil) na terça-feira (13) e reuniu-se com Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, por cerca de uma hora. Saiu sem falar com a imprensa. Naquela mesma noite, um integrante da equipe de Bolsonaro teceu muitos elogios ao economista.

No Santander, o executivo é responsável pela tesouraria para as Américas no banco e é formado em economia com especialização em economia com ênfase em finanças, ambos cursos realizados na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ele é neto do economista Roberto Campos, que foi ministro no governo Castelo Branco e um dos maiores representantes do pensamento liberal no país.

Roberto Campos Neto é próximo do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e já era cotado para o cargo, mas a informação foi confirmada nesta quinta-feira (15). Mais cedo, o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn confirmou que deixará o cargo no fim de 2018.

Mansueto fica
A permanência do economista Mansueto Almeida à frente da Secretaria do Tesouro Nacional também foi confirmada, segundo uma fonte da equipe de transição ouvida pela Agência Estado.

A permanência de Mansueto na equipe econômica já vinha sendo aventada. Em entrevista ao Broadcast na quarta-feira (140, havia dito que sua permanência no cargo não dependia apenas dele.

“O governo tem muitas pessoas especializadas, diversos PhDs”, disse Mansueto, em Nova York, onde estava na quarta-feira em apresentação para investidores.

Especialista em finanças públicas, Mansueto chegou ao governo federal com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff e a nomeação de Henrique Meirelles como ministro da Fazenda. Inicialmente, foi titular da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda.

Passou à Secretaria do Tesouro Nacional com a saída de Meirelles, que acabou provocando uma dança das cadeiras a partir da promoção de Eduardo Guardia de secretário-executivo para ministro.

(Com Agência Estado)

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