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Jornal GGN – Na edição deste domingo do jornal O Globo mais uma cena ligada aos tempos de golpe, em coluna de Lauro Jardim a informação de que a norte-americana Boeing fechou a compra do controle da Embraer. E vende ao público de que a compra de 51%, e total controle, é mais uma prova de soberania nacional. Segundo Jardim, Temer ‘exigiu que a Boeing só tivesse 51%’.
Mais uma empresa vai para mãos estrangeiras e travestem a entrega como vantajosa para o país.
Segundo a Reuters, a Boeing concordou com a exigência do governo brasileiro, diz a coluna. O autor não diz suas fontes. E nem respondeu aos pedidos da reportagem, a Embraer respondeu que não comenta nada.
A Boeing, segundo reportagem da Reuters há algumas semanas, procurou o governo brasileiro para que se fizesse uma parceria em nova empresa de aviação comercial, sem entrar com a unidade de defesa da Embraer.
Posteriormente o jornal Valor Econômico divulgou que a Boeing propôs uma participação de 80 a 90% em novo negócio de jatos comerciais com a Embraer. A empresa brasileira é a terceira maior fabricante de aviões e líder no mercado de jatos regionais com 70 a 130 lugares. A proposta tornaria a Boeing a líder do mercado de aviões menores de passageiros, fazendo frente para a Bombardier do Canadá. A empresa norte-americana queria toda a empresa, mas que foi rejeitado pelo governo pois este não queria a unidade de defesa em mãos estrangeiras por questões de segurança estratégica.
O governo tem uma ‘golden share’ na Embraer, anteriormente estatal, que lhe faculta poder de veto sobre decisões estratégicas, incluindo a aproximação da Boeing. Raul Jungmann, ministro da Defesa, informou que a Boeing entendeu a recusa do Brasil em desistir do controle da Embraer. Esta declaração fica estranha depois da entrega de 51% da empresa. E afirmou que as negociações sobre a criação de terceira empresa avançam.
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