Em 23 de junho de 2017, a CMB publicitou que após 6 meses de negociações junto aos órgãos competentes de supervisão e controle da Casa da Moeda do Brasil, foi autorizada por estes, a realização de um PDV (Pedido de Demissão “Voluntária”), com o intuito, segundo a administração da Empresa, de resolver os problemas relacionados ao saneamento das contas. Segundo a mesma, 574 empregados, ou seja, aproximadamente 21% do quadro de pessoal estavam em condições de aderir ao referido plano. Para estes, assim como em outras oportunidades, foram elaboradas palestras de esclarecimentos, consultorias presencias e simulações acerca das condições individuais de cada empregado elegível para tal certame segundo o Informe n° 064 de 26 de junho de 2017. O resultado desta ação atingiu 40% dos apontados pela CMB como elegíveis em potencial.
No dia 9 de novembro de 2017 a CMB através do Informe n° 146, noticiou uma nova fase dentro do mesmo PDV com o seguinte título: “Última chance para adesão até o dia 17 de Novembro de 2017”, ou seja, apenas 9 dias para uma decisão de suma importância no tocante a vida dos trabalhadores e trabalhadoras envolvidos diretamente em tal situação, inclusive na mesma data, foi publicado pelo Sr. Paulo Saltoris de Matos, representante eleito pelos trabalhadores no CONSAD (Conselho de Administração da CMB), o Informe n° 06 “CONSELHEIROS EM AÇÃO” onde ressaltamos a seguinte frase: “Nesse sentido, revela-se imprescindível acurada reflexão individual sobre o incerto futuro institucional conjugada com a possibilidade de adesão…” Isto posto, fica a nítida impressão que a adesão representa uma singular oportunidade aos trabalhadores que ao longo da vida deram o seu suor e sangue pela CMB e caso não realizem a adesão, poderão sofrer algum tipo de retaliação futura, inclusive com a perda do emprego.
Em nenhum informe, seja Canal Aberto ou Tempo Real, a direção da CMB oficializou qualquer forma de retaliação futura, ficando esta entidade Sindical em alerta para possíveis desdobramentos.
A atual fase do PDV difere dos anteriores em vários pontos.
Não deveriam os interessados buscar VOLUNTARIAMENTE informações pertinentes ao PDV?
Os considerados elegíveis pela CMB encontram-se em condições idênticas em todas as fases do atual PDV?
Por que trabalhadores não elegíveis e não aposentados estão recebendo as cartas de adesão ao PDV?
Por que o tempo em que os anistiados da Lei 8878/94 estiveram afastados, está sendo considerado como tempo em atividade?
Este PDV colocará a CMB nos trilhos corretos?
Estaria havendo coação pela gestão da CMB para o aceite por parte dos supostos elegíveis ao PDV?
Poderíamos afirmar, categoricamente, que este PDV, na atual fase, estaria propiciando aos seus empregados uma saída honrada e digna?
O SINDICATO NACIONAL DOS MOEDEIROS, devido aos vários relatos por muitos narrados, repudia a forma em que os trabalhadores estão sendo enquadrados, numa situação no mínimo vexatória e constrangedora perante aos demais funcionários e repudia veementemente a forma e a metodologia adotados nesta atual fase deste conflituoso PDV, pois fica uma clara impressão que os funcionários com mais tempo de empresa não estão sendo tratados da forma adequada.
A direção da CMB deve focar a sua gestão na busca de novos negócios, reassumir o seu papel histórico e estratégico à sociedade brasileira, buscar a vanguarda em soluções de segurança nos segmentos do meio circulante, passaportes, selos postais e fiscais e não uma empresa doentia que está sendo conduzida a uma macrocefalia empresarial !
Estamos em alerta e não nos furtaremos, em lutar pela verdadeira honra e DIGNIDADE que os moedeiros almejam e merecem.
SNM, união e resistência !
Diretoria de Comunicação
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