O Sindicato Nacional dos Moedeiros, representante dos empregados da Casa da Moeda do Brasil – estatal responsável pela produção de dinheiro, passaportes e selos oficiais -, informou que a categoria tem assembleia convocada para a próxima quinta-feira (16). A pauta é o acordo coletivo de 2020.
Em rede social, o sindicato informou que os trabalhadores se reuniram ontem (13) para discutir a manutenção de cláusulas sociais do acordo coletivo do ano passado, como plano de saúde e auxílio-transporte.
“A categoria segue mobilizada, mas é importante frisar que não estamos em greve”, informou o vice-presidente do sindicato, Roni Oliveira. Procurada, a Casa da Moeda informou que, até o presente momento, as atividades seguem normalmente.
Paralisação e ocupação
Ontem, um grupo de funcionários paralisou atividades na fábrica da instituição, em Santa Cruz, zona oeste do Rio. Questionada sobre o assunto, a instituição informou que, na segunda-feira, ocorreram “momentos e setores com trabalho normal, e momentos em que grupos de funcionários pararam suas atividades”.
Houve, ainda, ocupação por sindicalistas ocorrida no prédio da administração da Casa da Moeda, na última sexta-feira (10). Na ocasião, a Casa da Moeda divulgou nota sobre a ocupação, informando que “a empresa e os funcionários passam por um momento de incertezas e preocupações” devido à inclusão da instituição no Programa Nacional de Desestatização (PND), em outubro do ano passado.
Na prática, a inclusão no programa de desestatização retira da Casa da Moeda a exclusividade na produção de cédulas, moedas, passaportes, selos postais e selos fiscais.
No comunicado veiculado no dia da ocupação do prédio administrativo, a instituição lembrou ainda que o ano de 2020 começou “sem um acordo coletivo de trabalho (ACT) fechado, mesmo após diversas propostas da empresa e até uma proposta da Vice-Presidência do Tribunal Superior do Trabalho, todas recusadas pelos empregados”. A Casa da Moeda termina seu informe frisando que está aberta à negociação com os funcionários.
De acordo com informações veiculadas pelo sindicato em seu site, declarações de dirigentes da instituição a respeito de demissões e privatização teriam sido o estopim para os protestos mais recentes da categoria.
A Casa da Moeda do Brasil foi fundada em 8 de março de 1694, como solução para o problema da falta de instrumentos que auxiliassem a circulação das riquezas no Brasil Colonial. Hoje, o complexo industrial da instituição conta com capacidade instalada para produzir aproximadamente 2,6 bilhões de cédulas e 4 bilhões de moedas por ano, assegurando autossuficiência para a produção nacional do meio circulante.
Att
Diretoria de Comunicação do SNM
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