Uma malsucedida entrevista dentro de uma das linhas de produção da Casa da Moeda do Brasil (CMB), concedida a imprensa (globo news) pelo diretor de gestão Fábio Rito Barbosa, fez os trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil sentiram-se humilhados.
O fato culminou em uma revolta generalizada e sem precedente na história da instituição no dia 10/01/2020, sexta-feira.
Após a entrevista, dada pela manhã, eivada com a possibilidade de privatização, de cortes de pessoal e dados que não refletem a realidade da empresa, houve manifestação com “palmas”, como forma de repúdio por parte dos funcionários e funcionárias no horário de almoço, onde também estava o diretor que deu a entrevista e outros integrantes da direção da empresa.
Um dos empregados, que estava no refeitório naquele momento, foi conduzido à presença do diretor de gestão Fábio Rito. Esta atitude, somada a perdas de cláusulas sociais, aumento percentual daquelas obrigatórias que permaneceram, a falta de iniciativa da atual gestão em busca de novos clientes e novas receitas, constrangimento dos funcionários e funcionárias dentro de sua própria seção de trabalho, levaram a indignação e revolta da Categoria Moedeira sobre tudo o que vem ocorrendo.
Com a efervescência do momento, não coube outra saída à direção da CMB senão convocar os diretores do Sindicato Nacional dos Moedeiros (SNM), representante da Categoria Moedeira, onde há mais de cinco meses estão impedidos de forma arbitrária de ingressarem na empresa, ao qual prestaram concurso, para trabalhar e exercerem de forma legítima as atividades sindicais para as quais foram eleitos.
A negociação entre a direção da CMB, o SNM e alguns funcionários não teve avanço.
Após quase quatro horas, às 19h, foram tidas como encerradas as negociações, porém a categoria permaneceu unida na busca de sua reivindicação.
Em meio a vaias, por volta das 22:30h diante do impasse, a diretoria da CMB solicitou escolta da segurança da própria empresa para se evadir do recinto.
A conclusão é que o despreparo para lidar com a coisa pública foi notório, e que também a atual direção da Casa da Moeda do Brasil está tão somente decidida em sucatear e destruir a imagem desta empresa de mais de 325 anos, para entregá-la ao capital estrangeiro e, portanto, sua desnacionalização.
Na visão do SNM, a falta de conhecimento da atual direção da CMB dos princípios que regem a administração pública, como os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Publicidade, Moralidade e Eficiência do art. 37 da Constituição Federal, como também a Lei nº 13.303, de 30 de Junho de 2016 que dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia mista da União não foram observados.
Nesse sentido, acaba confirmando o porquê do comitê de elegibilidade (que tem como competência auxiliar na indicação de administradores e o preenchimento dos requisitos necessários para a função) ter reprovado a indicação de dois diretores, que só foram confirmados após a troca dos integrantes do referido comitê por indicados do recém-empossado presidente da Casa da Moeda do Brasil, Eduardo Zimmer Sampaio que, segundo a mídia, teve como única experiência de trabalho cargos na empresa de sua família.
Uma empresa de 325 anos, como a Casa da Moeda do Brasil, não merece e não pode estar sendo dirigida por um grupo de pessoas despreparadas e desqualificadas para lidar com o bem público.
O que acontecerá daqui para frente é uma incógnita, mas a única certeza é que os Trabalhadores e Trabalhadoras da CMB estão decididos:
- Em nome de todos os brasileiros e brasileiras da atual e futuras gerações…
- Em nome da Soberania e Independência desta Pátria amada chamada Brasil…
A manter a Casa da Moeda do Brasil, do Brasil!
Se é público é para todos!
Att.
Diretoria de Comunicação do SNM
Comentários